Outro dia, pensando...

por Tati Souza
A vida seria realmente triste se não nos pregasse tantas peças ao longo do caminho. Primeiro você pode quase tudo porque é criança, depois não pode quase nada porque é adolescente, depois pode quase tudo de novo porque vira adulto e depois não pode quase nada porque fica velho!
Tanta coisa acontece, tantas sensações são experimentadas, tantas paixões e amores são vividos. Sentimos raiva, inveja, ciúme. Temos que estudar, crescer, nos formar, trabalhar... e a vida de cada um segue, conforme suas condições e padrões. Às vezes o seu mundo para por um instante e você se pergunta: por que?
Por que preciso sofrer, amar, chorar, sorrir, se no final de tudo, sendo branco, índio ou negro, pobre ou rico, eu vou ter o mesmo destino de todos os outros: a morte.E os por quês da vida podem ser respondidos de diferentes maneiras por diferente pessoas. A minha resposta é simples: é assim e ponto.
Ninguém pede para nascer e se todos nós estamos aqui é porque há um motivo especial para isso. Não há porque se perguntar tanto. Apenas viva. Mas viva de verdade, de corpo e alma, porque um dia chegará a hora de ter as suas respostas e talvez você se arrependa de ter perdido tempo se questionando ao invés de aproveitar o que lhe foi concedido. Eu faço o que posso para fazer da minha vida um livro de momentos inesquecíveis, um cd de músicas marcantes, um filme com cenas memoráveis. Não sei a fórmula da felicidade e não faz parte do meus planos tentar descobrir. A felicidade está na minha vida todos os dias, no meu presente e nas minhas lembranças.
Minha felicidade tem nomes: pais, amigos, família... Minha felicidade está presente no final do mês quando recebo o meu salário, minha felicidade está presente quando falo no telefone ou 'mando um scrap' para alguém especial. Minha felicidade é nítida quando danço ao som de uma música exótica ou quando choro de saudade por momentos que jamais serei capaz de apagar da memória. Minha felicidade é perceptível a cada beijo que dou e a cada abraço apertado que recebo.
Eu poderia descrever em 1000 páginas tudo que sinto e cada sensação que em 20 anos fui capaz de testar. Poderia fazer um livro da minha vida, com histórias cômicas e também algumas tristes. Já vivi mais que 100 anos de emoções, disso tenho absoluta certeza. Mas me sacio com algumas linhas e talvez um dia eu continue a escrever para que cada um possa sentir o sabor do que não é seu, de um outro universo, de um outro mundo que só pode ser imaginado, mas nunca vivido. Cada um faz a sua história e ela é única. Por mais que tentem nos contar, desenhar, demonstrar, ninguém nunca saberá o que você realmente sente. É só seu. É só meu.

2 comentários:

  1. Anônimo disse...

    se fosse de outra pessoa talvez, não tocasse tanto.........mas é tão vc que faz chorar e mais, saber que em muitos desses momentos podemos lembrar.......e lembrar.

    continue escrevendo lindamente!!!

    saudades.

  2. Daniel Vidal disse...

    Lindo lindo lindo!
    Simples e lindo... assim como a vida.. assim como vc..

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