por Tati Souza


Há quem julgue um amor pelo tempo. Acho que dois meses, seis meses, vinte anos são apenas números. Conheço um casal com trinta anos de casado e quase nenhuma emoção. Por experiência própria, sei que um dia pode ser muito, muito mais intenso!


Amor, pra mim, é clichê. É aquilo tão forte, que quase não cabe no peito. É sentir mais emoção ao ver a pessoa do que estar em uma montanha russa. É sentir mais frio na barriga do que em um filme de terror. É sentir a mão suar de nervoso, esperando as horas para o encontro.


Amor também é aquele caso irremediável, platônico. Pode ser ainda um daqueles que não consegue atravessar dificuldades. O amor pode ser grande, imortal, mas nem sempre é capaz de superar tudo, como imaginam os mais românticos (eu). Mas uma coisa é certa: um amor de verdade é inesquecível.


Os anos passam, as pessoas passam, a idade passa, mas aquele que viveu O amor, jamais esquece. Músicas, filmes, lugares e sonhos fazem questão de relembrar momentos guardados lá no fundinho do coração. E tem amor que vive de saudade, tem amor que vira saudade e alguma saudade às vezes vira esperança. Tem amor que vira amizade, amizade que vira amor, paixão que vira tesão, tesão que vira amizade, amizade que vira paixão e paixão que vira amor.


Bagunça, eu sei, mas é isso mesmo que acontece com quem ama. Acredito que não há nada maior no mundo, pois dele também se deriva a dor e algumas outras coisas que machucam o ser humano. O amor, enfim, é o bem e o mal, o positivo e o negativo, o preto e o branco, o homem e a mulher, o feio e o bonito, o quente e o frio, o norte e o sul.


O amor é porra, é merda, é vai tomar no cu, é a puta que pariu... o amor é FODA (pra caralho)!